A obrigatoriedade de inclusão da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com essa medida, reconhece-se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e a cultura do seu povo, buscando reparar danos, que se estendem há cinco séculos à sua identidade e aos seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e Cultura Afro-brasileira e Africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de consolidar uma Nação democrática. É importante destacar que não se trata de mudar o foco etnocêntrico, marcadamente de raiz européia, para um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial e econômica brasileira. Nessa perspectiva, cabe às escolas incluir, no contexto dos estudos, atividades que abordem diariamente as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raízes africanas e européias. É preciso ter clareza que o Artigo 26, acrescido à Lei 9.394/96, provoca bem mais do que inclusão de novos conteúdos; exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino e condições oferecidas para aprendizagem.
Para conduzir estas ações a Escola Polivalente de Aratu (professores, alunos e funcionários) pretende, durante a IV unidade, discutir para aprender e ampliar os conhecimentos sobre a temática em questão para melhor compreender e atuar nas relações sociais e étnico-raciais.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
PROJETO
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